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Produtora de eventos se reinventa e cria a “Vegan Imperial” em Petrópolis

Produtora de eventos se reinventa e cria a “Vegan Imperial” em Petrópolis

Se reinventar em meio à pandemia, superar obstáculos, vencer a crise e dificuldades financeiras é a missão de muitas pessoas, que cada vez mais buscam soluções através da criatividade e desenvolvimento de novas habilidades para se recolocarem no mercado. Pensando nisso, o empreendedorismo vem tomando formas e negócios surgem para driblar a crise, como foi o caso da produtora de eventos Catia Lima que diante do isolamento social teve suas atividades na área de eventos canceladas com a paralisação do setor e assim partiu para outro caminho, lançando uma produção artesanal de salgadinhos veganos tendo como carro-chefe a tradicional coxinha, em versões exclusivas, com ingredientes sem qualquer tipo de origem animal.

“O veganismo é uma tendência que está em alta e ganha a cada dia mais adeptos, as pessoas estão buscando uma alimentação mais saudável, vale ressaltar também a questão da crueldade animal e minimização dos impactos ambientais, é tempo de reflexão, é tempo de mudanças, e o interessante também é que nem todas as pessoas que estão experimentando as coxinhas, são necessariamente veganas, algumas são vegetarianas e outras nunca tinham comido nada vegano e adoraram, porque independente de não levar os ingredientes tradicionais de salgados comuns, levam outros sabores que são realmente muito saborosos!” comemora Catia Lima sobre a escolha na área do veganismo para empreender. 

Através de muitas pesquisas, cursos online para manipulação de alimentos, harmonização de sabores, entre outros, Catia adaptou a cozinha de sua casa para a produção dos salgados e fez um laboratório de criação para testar os sabores dos recheios e massas antes de oferecer o produto no mercado, contou principalmente com a motivação e apoio de sua família que além de experimentar os salgados para indicar os mais gostosos, também ajudou a criar o nome da marca “Vegan Imperial”, e estartar assim o lançamento do negócio nas redes sociais. – A ideia foi da minha irmã e confesso que os primeiros passos foram bem difíceis, pois eu nunca tive muita experiência em cozinhar, mas venho a cada dia aprimorando essa habilidade. Cozinhar é uma arte apaixonante, e de uma produção à outra, continuo encarando os desafios de levar alegria às pessoas, dessa vez através da alimentação – concluiu. Além das coxinhas a produtora lançou também o pano de prato, feito com tecido 100% algodão, pintado à mão com tintas especiais (sem testes em animais), e já se anima pensando em criar outros produtos, e fornecer para lojas de produtos naturais, lanchonetes e mercados. 

As coxinhas veganas podem ser solicitadas pelo WhatsApp, (24) 98863-7796, prontas para consumo ou congeladas em sete sabores diferentes, com massas condimentadas e ingredientes selecionados como cogumelos, grãos, nozes, legumes, etc. 

A LENDA DA COXINHA QUE ORIGINOU O NOME VEGAN IMPERIAL

Conta a lenda que no final do século XIX, na cidade de Limeira, (a 150km da capital), em São Paulo, na Fazenda Morro Azul, teria vivido a família real brasileira durante certo tempo, e lá a Princesa Isabel e seu marido, o Conde D’Eu escondiam da corte um filho que tinha necessidades especiais e que vivia naquela fazenda. 

O menino vivia doente e tinha muitas dificuldades com a alimentação, seu prato preferido era coxa de galinha e quando a mesma não era servida ele não comia. Certa vez a cozinheira da fazenda não conseguiu atender o pedido do menino, pois o frango que havia sobrado só tinha partes do peito, prevendo então a gritaria do menino por falta de seu alimento predileto, e a possibilidade dele ficar sem comer nada, a cozinheira resolveu improvisar e desfiou os pedaços da galinha misturando-o com molhos e temperos, envolvendo em uma massa de trigo, após o preparo ela fez um formato semelhante à coxa de galinha, cozinhou e serviu ao menino, que gostou tanto que o prato passou a fazer parte das refeições diárias da família, tendo a cozinheira recebido recomendações para fazer as coxinhas todos os dias e daquele dia em diante as coxas de frango viraram coxinhas, exatamente da mesma forma que havia preparado. 

Não demorou muito e os quitutes começaram a serem servidos à corte carioca e nos salões da nobreza, sendo a receita original distribuída aos chefes de cozinha de todo o império.

As coxinhas Vegan Imperial foram inspiradas nessa lenda que embora não tenha nenhuma prova de ser uma história verídica, é muito interessante, inclusive na cidade de Limeira em São Paulo, onde surgiu essa lenda, contada sob muitas óticas e versões diferentes, acontece anualmente um festival de coxinhas, onde comerciantes e moradores locais oferecem variações do quitute, reforçando a tradição e estilos do salgado mais querido do Brasil. As coxinhas veganas embora não possuam relação com a lenda pois não apresentam qualquer ingrediente de origem animal, são também parte de uma história de reinvenção e criatividade e carrega relação com a Família Imperial do Brasil, já que sua produção é em Petrópolis, também conhecida como Cidade Imperial.

O QUE É VEGANISMO?

Mais do que alimentação saudável, o veganismo é também um modo de viver, que tem como fundamento principal a não exploração animal de todas as formas possíveis (alimentação, roupas ou qualquer outro propósito) sem o consumo de quaisquer produtos de origem animal tais como lã, mel, laticínios, ovos, etc. o veganismo vem recebendo grande adesão de novos adeptos e cresce de forma exponencial no Brasil. 

De acordo com a The Vegan Society (fundada em novembro de 1944 por Leslie J. Cross): 

“O VEGANISMO É UMA FILOSOFIA E ESTILO DE VIDA QUE BUSCA EXCLUIR, NA MEDIDA DO POSSÍVEL E PRATICÁVEL, TODAS AS FORMAS DE EXPLORAÇÃO E CRUELDADE CONTRA ANIMAIS NA ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO E QUALQUER OUTRA FINALIDADE E, POR EXTENSÃO, QUE PROMOVA O DESENVOLVIMENTO E USO DE ALTERNATIVAS LIVRES DE ORIGEM ANIMAL PARA BENEFÍCIO DE HUMANOS, ANIMAIS E MEIO AMBIENTE.”

O público voltado ao veganismo gera uma grande oportunidade aos empreendedores de inserirem seus produtos nos mercados e abrangerem uma clientela ainda maior e mesmo a população que não se identifica com o estilo de vida consome esses produtos, não sendo especificamente voltados a um só público, mas sim, a todos que quiserem experimentar, gostarem e se identificarem com as opções oferecidas.

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